A partir do domínio holandês, com o conde Maurício de Nassau em 1637, a comunidade passou a ter algum planejamento e ao fim desse domínio em 1654 já contava com 300 prédios - entre os quais a Casa da Câmara, a Igreja do Corpo Santo, a Cadeia e vários Armazéns. Em 1709 a Coroa Portuguesa permitiu instalar no local a Vila de Santo Antônio do Recife, mas só se concretizaria depois de uma guerra civil com Olinda. E em 1918 foi inaugurado o Porto do Recife o que deu um impulso ao desenvolvimento econômico do bairro. O auge do bairro foi entre as décadas de 1950 e 1970 com uma movimentada fase do porto que servia de grande centro comercial e importante ponto de embarque e desembarque de mercadorias para todo o Nordeste brasileiro.
No início dos anos 80 começou as operações do Porto de Suape, deixando o Porto do Recife em segundo plano, e o bairro caiu no abandono que passou a abrigar apenas escritórios contábeis ou de representação, como também, os bordéis recifenses. Seus moradores migraram para outras regiões do Recife, e com o passar do tempo o conjunto arquitetônico da região foi se deteriorando. Só a partir de 1990 é que tiveram início à os projetos de recuperação arquitetônica do casario do bairro do Recife, que passaria a contar com vários prédios históricos restaurados, e outros trechos do casario em recuperação e, pelo menos, três polos de lazer consolidados.
Hoje o Recife Antigo está voltado para abrigar grandes escritórios, bancos e um polo tecnológico. Existindo também um projeto de reutilização dos antigos armazéns para a criação de espaços voltados para o incremento turístico da cidade, onde a prefeitura, como também o governo do estado, está pondo grandes programações turístico-culturais no bairro para incentivar o reuso local e incrementar novamente a vida do principal bairro da cidade do Recife.Referências Bibliográficas
Recife Antigo por Eduardo Camões. Art Collection Editora, Relatório 86/87 do Moinho Recife.Nordeste Histórico e Monumental - Clarival do Prado Valladares vol.III, Velhas Fotografias Pernambucanas - Gilberto Ferrez, Bairro do Recife - Porto de Muitas Histórias;
Recife de Ontem e Hoje de Edvaldo Arlégo, Jornal do Commercio de 01 de novembro de 1995;
Xangô de Baker Street - Jô Soares, O Príncipe de Nassau - Paulo Setúbal, A ilha do dia anterior - Umberto Eco, Tempo dos Flamengos - José Antônio Gonçalves de Mello;
Anais Pernambucanos - Pereira da Costa;
Recife do Corpo Santo - Vanildo Bezerra Cavalcanti, Atlas Histórico Cartográfico do Recife - José Luiz Mota Menezes.
Olá Alexandre,
ResponderExcluirAcabei de descobrir seu blog e gostei bastante pq se parece com um que criei faz uma semana. Minha ideia, como a sua, é mostrar nossa cidade; no meu, porém, eu quero instigar as pessoas a perceberem o que eles não vêem. Gostei muito de sua iniciativa. Espero que todos possamos redescobrir nossa cidade. Meu blog se chama: keridadesconhecidade.blogspot.com.br.