Rua da Aurora


Ao longo da margem esquerda do rio Capibaribe, no bairro da Boa Vista, onde antigamente só existia um pântano de propriedade do comerciante Casimiro Antônio Medeiros, sendo este o primeiro a construir naquelas terras, vencendo os alagados que lá existiam.
Toda a região foi aterrada e, em 1806, nascia a Rua da Aurora.  Após a Lei do Ventre Livre, teve o nome modificado para Rua Visconde do Rio Branco, mas o nome que ficou mesmo foi o de Cais da Aurora ou Rua da Aurora.
Tem este nome porque todas as suas casas são voltadas para o leste, a nascente é a primeira a receber os raios do sol (aurora). Começa na Rua da Imperatriz na Ponte da Boa Vista e vai até a Avenida Norte na Ponte de Limoeiro, já no bairro de Santo Amaro.
No número 31, funcionou durante muitos anos a famosa sorveteria Gemba, já na esquina com a Av. Conde da Boa Vista, fica o Edifício Duarte Coelho, onde está localizado o cinema São Luiz, um dos mais tradicionais e antigos da cidade. Até 1936, o Clube Internacional do Recife funcionava no prédio número 265, como na Rua funcionou, também, a garagem de remo do Clube Náutico Capibaribe, o Clube Esportivo Almirante Barroso, a Prefeitura do Recife, o Banco Central e a Fábrica Progresso, antigamente denominada Fábrica Aurora, que fabricava entre outras coisas pregos e lança-perfumes, fundada em 1879, que ficava localizada no final da rua, ao pé da ponte do Limoeiro.

Nos casarios que ficam entre a Avenida Conde da Boa Vista e a Rua Princesa Isabel, projetado pelo engenheiro José Mamede Alves Ferreira, é um cartão postal do Recife. Moravam conhecidas famílias pernambucanas onde há vários prédios de estilo neoclássico, com destaque para os da Secretaria de Segurança Pública, antiga residência do presidente da Província de Pernambuco, Francisco do Rego Barros, o Conde da Boa Vista. Este trecho é fonte de inspiração para vários pintores e poetas, como: Carlos Pena Filho, Joaquim Cardozo, Manuel Bandeira, Mauro Mota e Carlos Moreira. 


Outros dois pontos em grande destaque é o da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, que desde 1948, por sugestão do deputado Tabosa de Almeida, tem o nome de Palácio Joaquim Nabuco e o Ginásio Pernambucano, que estão em pleno funcionamento até hoje.






FONTES CONSULTADAS:
FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife. Recife: Governo de Pernambuco. SEC, 1977. p.137-147.
MONTENEGRO, Olívio. Memórias do Ginásio Pernambucano. Recife: Assembleia Legislativa de Pernambuco, 1979.